Biblioteca Pública de Bishan, Cingapura
A metáfora de um casa na árvore foi usada para conceitualizar este projeto, criando um ambiente de aprendizado via uma jornada de descobrimento e diversão. O uso de iluminação zenital e vidros coloridos transformam a luz do dia em inúmeradas formas e cores, criando um intrigante espaço que simula os raios do sol filtrados através das copas das árvores.
As partes em balanço na fachada do prédio criam um formato único que chamam a atenção e trazem mais carisma para o exterior do edifício. Esses espaços suspensos criam locais com uma escala mais íntima dentro da biblioteca.
Pré-requisitos conflitantes, como a orientação, controle solar e proteção das janelas de acordo com as leis contra incêndio foram resolvidos através de uma estratégia racional e espacial. Um átrio interno foi incorporado para introduzir luz natural dentro da zona principal de circulação, assim como na maioria dos andares da biblioteca, e a parte de trás do edifício foi projetada como um núcleo sólido voltado para o oeste, para servir de escudo contra o forte sol da tarde.
Uma rampa leva as pessoas do nível da rua para onde estão as coleções, através do átrio, e ainda funciona como um eficiente dissipador de multidões quando preciso.
Em resposta ao local onde foi construído, que tinha severas leis de implantação dentro de uma cidade satélite, o projeto pediu por um eficiente método de construção que minimizasse o impacto em seu entorno. Principalmente formada de concreto, a estrutura tem 4 lajes acima do nível do solo, ligadas por elevadores e escadas juntos em um mesmo núcleo. Os pilares internos foram utilizados o mínimo possivel, dentro do que as lajes pró-tenditas podiam suportar, para maximizar o uso das áreas e aumentar a flexibilidade do espaço de armazenagem de livros.
Aproveitando o potencial da separação de ruídos, o subsolo foi reservado para a seção infantil, definindo um espaço subterrâneo, como se fosse uma caverna, onde a imaginação pode correr solta sem incomodar os demais leitores.
A partir dos tradicionais conceitos de bibliotecas que são somente o local de reposição de conhecimento, a abordagem arquitetônica deste projeto enfatiza a experiência da qualidade dos espaços. Isso é imprecindível em uma era onde os sentidos humanos tem sido anestesiados pelo mundo virtual. A biblioteca pública de Bishan mostra que uma biblioteca em um local físico ainda pode oferecer uma experiência única e insubistituível.
Arquitetos: LOOK Architects
Local: Bishan, Cingapura
Área do terreno: 1400.30 m2
Cliente: National Library Board, Cingapura
Engenheiro Estrutural: Meinhardt (Cingapura) Pte Ltd
Engenheiro mecânico e elétrico: Meinhardt (Cingapura) Pte Ltd
Ano: 2006
Fotografias: Patrick Bingham-Hall, Tim Nolan
Fontes: Architizer e Archdaily
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