Em mais um exemplo do que os arquitetos japoneses são capazes de fazer em terrenos mínimos, o post de hoje trás uma reforma feita em uma casa com menos de 3 metros de largura.
Em 1987 o arquiteto Waro Kishi projetou uma pequena casa na antiga cidade de Osaka, no Japão. No bairro ainda eram comum ver casas pré-guerra alinhadas com as ruas, fábricas e armazéns.
Hoje, a Kim House de apenas 75 m2 está em um denso bairro com muitas casas geminadas. Originalmente projetada para uma família com 6 pessoas, a casa foi redesenhada, agora para somente um casal. O lote tem meros 2.58 metros de largura e 16.2 metros de comprimento. A estrutura de steel frame, feita com perfis I e a laje de concreto, sob o térreo foram mantidos.
Desde o projeto inicial o piso de cerâmica branca foi mantido, dentro e fora da residência. Desta maneira quando a casa fica aberta, os espaços interiores e o exterior se intregram.
Neste projeto, para minimizar o trabalho in loco, tanto quanto foi possível, as estruturas e outros elementos foram pré-fabricados. Assim as paredes foram feitas de painéis de cimento, que já vinham prontos da fábrica e só eram montados em esquadrias de alumínio na obra, formando uma “curtain wall”.
Para a supresa do arquiteto, a área não se modificou muito nos últimos 24 anos e apesar do tempo ter passado, as casas vizinhas continuaram quase as mesmas. Então, o tema para a renovação deste projeto foi re-examinar a relação entre a casa e a cidade.
A abertura da nova casa, em comparação com a sólida fachada do projeto original, mostra como o arquiteto quis intregar a casa com o entorno. A fachada atual foi projetada como um grande pano de vidro, coberta com leves venezianas de metal.
Assim o modo como a casa recebe a luz natural e o vento através do pátio central reflete o contexto de um gosto mais contemporâneo. A entrada está a 1.2m da rua, criando um espaço semi-fechado dividido por uma tela de bambu.
O térreo é um longo espaço aberto que contém a sala de estar/jantar e a cozinha. Esta área é totalmente visível da rua quando a porta de vidro está aberta e recebe uma grande quantidade de luz graças ao átrio central.
O átrio separa o andar superior em dois espaços distintos. O quarto está localizado no lado da rua, atrás das venezianas.
O terraço aberto, no fim do terreno da casa providencia ainda mais luz natural e ar fresco.
E você, moraria em uma casa estreita como essa?
Fontes: japlusu.com (ja+u) e site oficial do arquiteto
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